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      O menino criou-se na Bahia de Todos os Santos. Para estudar fugiu da casa dos pais e foi abrigar-se no colégio dos Jesuítas, onde se tornou padre. Na velhice voltou a Salvador para se recolher ao convento e morreu no sítio do Tanque, depois de longa e atribulada vida dividida entre o Brasil e a Europa, consumindo-se com a obra-mestra, jamais concluída, A Chave dos Profetas.

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      Criticou a cegueira dos outros, mas não viu o Bom Selvagem que, muitas vezes, lhe guiou e levou de canoa a remo rio acima. Tampouco, compreendeu a “eucaristia” brava dos antropófagos tão bem quanto o beato José de Anchieta, que a sublimou no culto do Sagrado Coração de Jesus no sertão de Piratininga… Se caíssem a Vieira as escamas dos olhos, teria ele além de entender a profecia do Bandarra; compreendido também o espírito Jurupari (que, por ignorância dos frades capuchos da França Equinocial, fora diabolizado).

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      Assim, o Payaçu poderia ser verdadeiramente grande e antecipar a descoberta do alemão Curt Unkler, que se indianizou Niemandeju (“o que constrói a própria casa”). Este um que, em 1920; revelou ao mundo a “Terra sem mal”: paraíso selvagem procurado pelos tupinambás, do Paraná até o alto Amazonas.

O Diabo são os outros
E o espirito dos outros
São demônios
O nosso é santo, santo
Nossos santos anjos são
Tudo estaria bem assim
Se por acaso
O paraíso procurado
Não fosse terra de inimigos
Sem Fé, Rei e Lei.

 
      O milênio do Espírito Santo civilizado somado ao mito bárbaro da “Terra sem Mal”, que utopia formidável poderia ter dado no cérebro privilegiado, verbo flamejante, do Padre grande! Seria que nem a luz do sol meio-dia a pino no meio do equador.

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      Mal comparado, o ecumenismo abraâmico de Vieira; que nem Nietzche abusado pela propaganda nazista; atrevessou os séculos como simples manifesto do império português e hegemonia  católica. Todavia, sebastianismo ressuscitado pela poética de Pessoa e sublimado pela filosofia complexa de Agostinho da Silva, Vieira chega ao século XXI como poderoso farol do luso-tropicalismo no mundo pós-moderno, a sustentar a bandeira do Divino Espírito santo. Ou, seja, a divina Inteligência Coletiva.

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      Um passo mais avante, e entrará na arca da herança atlântico-tropical a encantaria africana da Guiné de braços dados com a dita utopia americana de uma única Terra sem males. Ou, pela graça do santo Espírito, a Humanidade para todos filhos da animalidade original! Arcano paleontológico: “a matéria tem espiritualidades sublimes” (segundo o padre Teillard de Chardin).

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      Antes de fazer história, o Payaçu entrou para o reino da lenda. Aparentemente, o orgulhoso seminarista desenvolvia sentimentos de inferioridade em relação a seus mestres e confrades. Sabe-se pela psicologia de Alfred Adler, por exemplo; a importância da luta compensatória do indivíduo em meio à sociedade desigual.

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      O noviço implorou o dom da inteligência diante de uma imagem da Virgem. Viveu um psicodrama cuja sensação foi o “estalo” que ele ouviu dentro de sua cabeça… Refeito do milagre e do susto, o moço se esmerou, todavia, por dominar a Lógica; esgrimindo-a como arma a favor de objetivos nunca modestos.

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      A Bahia deu régua e compasso ao neto português da África. Lá ele experimentou o medo dos vencidos, viu a morte de perto. Era a invasão dos holandeses, padres e famílias portuguesas se refugiaram na aldeia “Espirito Santo” da missão dos jesuítas. No refúgio junto aos índios – sem saber – Vieira fez vestibular para a missão no Maranhão e Grão-Pará.

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      A morte e o medo são mestres do ser humano. Mas, ainda que o medo possa servir ao bicho para conservar a vida; supõe-se que só o homem cogita sobre a própria morte. E, vencendo o medo animal, se faz como imortal ao contemplar e abraçar o todo da vida além do tempo e do espaço: Eis o chamado “Quinto Império do Mundo”? A idade do Espírito? A terra sem males? A Utopia…

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      Um titã que sobrevive a quatrocentos anos de história é vencedor da Humanidade, ainda quando se acreditava estivesse ele morto e sepultado para sempre. Deste modo, o “ressuscitado” Vieira não pertence a nenhuma igreja, nem à determinada cultura ou povo em particular: o reino que ele conquistou não é deste mundo insustentável. Mas, para além do espaço-tempo; comunga do aleph primordial e habita o estuário da eterna Utopia aonde todos sonhos e esperanças convergem.

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      O aluno medíocre e o noviço assustado se converteram em orador insuperável, teólogo paradoxal, audaz homem de estado. Esse humanista do século XVII ainda causa admiração e abre perspectivas ao diálogo entre religiões e culturas neste século. Esta é a lição maior que aquele menino pobre de um pequeno país à margem do Atlântico deixou a tantos quantos não se deixam esmagar e confinar a um destino mesquinho.

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      Esse homem extraordinário que, provavelmente, em luta contra a cegueira dos colonos evitou que Portugal perdesse a Amazônia na hora fatal da morte do rei Restaurador e, por conseguinte, veio mais tarde a colônia aderir à independncia do Brasil; mereceu de Silvano Peloso um livro definitivo chamado Antônio Vieira e o Império Universal: a Clavis Prophetarum e os documentos inquisitoriais, onde se desfazem mitos e mal entendidos. Outros autores tratam da atualidade multidisciplinar de Vieira, como o crítico Rubens Queiroz Cobra, que mostra um barroco a criticar o barroco; um pensador pré-moderno que antecipa a pós-modernidade avant la lettre.

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      O regimento das missões elaborado por Vieira (in Serafim Leite) pode ser considerado o primeiro plano de desenvolvimento sustentável das populações tradicionais da Amazônia.  Três século antes de Chico Mendes!… Entretanto, seu voluntarismo perturbou a hierarquia da Companhia de Jesus que o ameaçou de expulsão; afrontou o dominio colonial sem medir conseqüências e provocou a desconfiança dos indígenas ao proibir a poligamia, de modo radical e arbitrário. O paradoxo é tão grande quanto sua fama…

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      Vieira mandou para prisão, em Gurupá, o cacique da aldeia de Maracanã, governada pelos padres, a fim de obrigar os índios a mudar de costume. O título de Payaçu (padre grande) compete com o de pajé-açu (caraíba), temível senhor do bem e do mal, da vida e da morte; na mentalidade indígena: seu afinco despertava amor e ódio por onde passava. Não poupava sacrifício para ir de canoa pelos rios a visitar aldeias distantes. Cansado e febril com a malária, a cuspir sangue com a pneumonia à beira da tuberculose, ia assistir moribundos vitimados pela peste de varíola, importada com colonos portugueses e escravos africanos.

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      A missão amazônica (1652-1661) culmina com a carta “As esperanças de Portugal”, de 29 de abril de 1659, ao bispo do Japão. Documento politico referente à crise da morte de dom João IV, enquanto o missionário navegava o rio dos Tocantins a caminho da aldeia do Camutá [Cametá]. Base da condenação de Vieira pela Inquisição como praticante de “heresia judaizante”. Pretexto politico no conflito causado pelo encontro sigiloso de Amsterdã (Holanda) entre Vieira e o rabino Menasseh Ben Israel, judeu-português que via nos índios as tribos perdidas de Israel. El-rei morto, era senha para acerto de contas…

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      A carta de Cametá completa 350 anos em 2009, junto com a paz de Mapuá,  quando as Ilhas do Marajó deram passagem franca às canoas do Pará para o rio das amazonas: na prática, a partir daí se consolidava o uti possideti que a viagem de Pedro Teixeira prospectara (1637-39) e Alexandre de Gusmão faria valer, em 1750, no tratado de Madri. Era, então, na verdade a construção geográfica, in loco, da Amazônia brasileira…

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      A Inquisição ao alvejar o Payaçu fechava a guarda ao filojudaismo medieval de Joaquim de Fiori, um monge do século XII que está ao começo de toda esta história.

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      Ele deixou a Ordem de Cister para fundar uma comunidade beneditina no mosteiro de San Giovanni in Fiore, na Calábria (Itália); tornou-se famoso por sua teoria da História dividida em idade do Pai (antigo Testamento), do Filho (novo Testamento) e do reino do Espírito Santo. Teoria que deu margem a vários milenarismos e abalou a ideologia canônica. Alguns criticos acham, inclusive, que o Terceiro Reich de Hitler se inspirou no terceiro reino de Fiore. Este pensamento judeu-cristão medieval influenciou a teologia, literaura, filosofia e política ocidental. Serviu a torto e direito, tanto a conservadores quanto a revolucionários. Seria quase impossível a um erudito e visionário como Vieira desconhecer vertente tão importante como essa.

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      O legado herético medieval banido se aninhou em guetos cristãos-novos, donde extravassou à cultura popular. Homens do povo, porém letrados como mestres de ofício e livre-pensadores; se abeberaram dessa diversidade de contra-cultura. Tal como o sapateiro e inspirado trovador Antônio Annes, vulgo Bandarra, da vila de Trancoso (Portugal). Curioso autor de profecias  formuladas antes da tragédia de Dom Sebastião. Sem falta, o Santo Ofício atento a toda sorte de “heresias” (divergências à centralidade do Poder eclesiástico) mandou o poeta-profeta calar.

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      Calou-se em vida o trovador de Trancoso, mas depois de morto teve intérpretes a vaticinar a restauração da monarquia lusitana. Isto é, a voz do morto foi ouvida e seguida quando os vivos a quiseram escutar. Pelo mesmo conseguinte, Dom Sebastião ainda hoje se levanta do areal de Alcácer-Quibir para dar o tom do Tambor de Mina nos terreiros do Pará e do Maranhão…

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      Há que se ter em conta as circunstâncias de tais invenções. Tal qual o falecido El Cid montado a cavalo levou os cristãos à Reconquista contra os mouros. Depois da morte, Bandarra andou pelas ruas de Portugal subjugado na União Ibérica. Eram panfletos de mão em mão até chegar ao povo recitadas em trovas nacionalistas, que promoviam a “ressurreição” do Encoberto rei de Portugal.

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      Encarnou o Encoberto, mui relutante, o duque de Bragança em 1640. A voz do povo é a voz de Deus!.. Quando dom João IV morreu (1656), depois de conferir amplos poderes à Companhia de Jesus nos negócios indígenas do Maranhão e Grão-Para (lei das liberdades dos índios, de 09 de abril de 1655, que Vieira foi propor em Lisboa); o Padre grande na solidão do “rio das Amazonas”, longe das cortes européias, sente o perigo face a seus inimigos.

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      Sua aposta tem algo de desespero patético (agora é o próprio dom João IV que há de ressucistar). O visionário do convento de Santo Alexandre, no Grão-Pará, vislumbrava um horizonte além de seu tempo, todavia era preciso conquistar corações e mentes forjadas na cultura medieval apocalíptica nos domínios de Portugal, notadamente a bárbara Amazônia lusitana a ser evangelizada (vide a História do Futuro preparatória à revelação da Chave dos Profetas).

 

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      A complexidade do ditado tem a ver com a diversidade e as barreiras da comunicação a que se destina. Se não, seria caso de escrever em grego e sânscrito, e deixar o tempo passar…

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      O capítulo 18 do Livro de Isaias é, para ele, o selo do Quinto Império do Mundo achado nas grandes águas do entorno do Arquipélago do Marajó. Palco onde Vieira, a caminho do rio dos Tocantins, proclama: “Bandarra é verdadeiro profeta!”… Era, paradoxalmente, um anseio de paz universal – que se manifesta na jornada de pacificação dos Nheengaíbas (marajoaras), entre 22 e 27 de agosto de 1659 – e, também, um grito de guerra.

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      A reconquista espiritual de Portugal e de Roma era certa! Embora incerto o combate e o tempo curto! Vieira acreditava que o ano “cabalístico” de 1666 traria inconfundíveis sinais do Apocalipse…

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      A inverossímil carta-patente do Payaçu aos caciques insubmissos das ilhas do Marajó (in Serafim Leite, História da Companhia de Jesus no Brasil, tomo IV) é inseparável da auto-defesa do Padre Antônio Vieira face ao tribunal da Inquisição, notadamente a História do Futuro, quando ele a partir do parágrafo 275 localiza o povo ao qual Isaias teria se referido além da Etiópia.

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      Duas “cartas” essenciais para decifrar o enigma de Vieira: uma ao bispo do Japão (que residia em Lisboa); outra (recado de viva voz por dois mensageiros, supostamente escrita a quem não sabia ler nem falar português) destinada a bárbaros das ilhas do Pará. A primeira dava notícia do destino de Portugal, a segunda convidava os índios a suspender combates e fazer a paz para  participar das ditas Esperanças… Então, a nascente Amazônia foi cenário histórico onde aconteceram estas coisas.

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      O triunfo desta Belém da Amazônia, Feliz Lusitânia; depois de exasperar-se em vão numa guerra suja impossível de vencer, diante da bravia resistência da  gente marajoara (de 1623 até 1659!…); foi conquista pacífica de um povo insubmisso às armas. Povo inventor da primeira cultura complexa da Amazônia: a cultura marajoara, no ano 500 d.C.

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      Os marajoaras não davam passagem entre o Pará e o Amazonas. A missão de paz iniciada pelo padre João de Souto Maior, a cabo de três tentativas militares fracassada com muitas perdas de vidas de parte a parte; se concluiu com o Payaçu. Na ocasião, este retratou a paisagem ribeirinha proibida aos curiosos: “Cujas terras estão todas senhoreadas e afogadas das águas, sendo muito contados e muitos estreitos os sítios mais altos que elas, e muito distantes uns dos outros, em que os Índios possam assentar suas povoações, vivendo por esta causa não imediatamente sobre a terra, senão em casas levantadas sobre esteios [palafitas] a que chamam Juráos [jirau], para que nas maiores enchentes passem as águas por baixo, bem assim como as mesmas árvores, que tendo as raízes e troncos escondidos na água, por cima dela se conservam, e aparecem, diferindo só as árvores das casas, em que umas são de ramos verdes, outras de palmas secas.”

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            Antes de Vieira, em 1659, nenhum português jamais penetrou esse  labirinto de mata submersa pelos meandro da ilha grande do Marajó. O Payaçu foi convidado e conduzido pelos índios até o arraial onde os temidos “Nheengaíbas” levantaram barraca consagrada como igreja do Santo Cristo a fim de reunir os donos da terra, inimigos hereditários dos Tupinambás aliados aos portugueses. Os ferozes “faladores da língua ruim” (aruaque), na verdade, eram invento da guerra… Na paz uns e outros eram parentes… Além de portugueses e tupis, essa gentilidade de diversas nações se chamava Anajás, Aruãs, Pixi-Pixis, Mamaianás, Guaianás, Cambocas. etc…

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            Segundo Rubens Queiroz Cobra, Vieira se considerava não só ''filósofo natural'', mas, sobretudo, ''filósofo cristão''. Diz o pesquisador que o pensamento do autor da Clavis Prophetorum é “genuinamente moderno, apesar de viver na época em que, não só em Portugal como em boa parte da Europa, ainda dominava o aristotelismo e a filosofia escolástica ensinada pelos jesuítas, e apesar de ser ele mesmo um padre jesuíta”.

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            Ivan Lins o considerava precursor dos filósofos da Enciclopéia. Contemporâneo de Descartes, Vieira era avesso à lógica como também o filósofo medieval Vico. Rejeitava a autoridade aristotélica sancionada pela Igreja e sustentada à força pela Monarquia. Preferia a experiência como caminho de busca da certeza. No Primeiro Sermão da Terceira Dominga do Advento ele demonstra visão filosófica moderna, valorizando a experiência empírica contra a especulação dedutiva.

 

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             Com base em sua vivência no Grão-Pará demonstrou que a nova zona tórrida prova erro antigo sobre os trópicos. A experiência impõe a verdade dos fatos: ''Descobriram, finalmente, os pilotos e marinheiros portugueses as costas da África e da América, e souberam mais e filosofaram melhor sobre um dia de vista que todos os sábios e filósofos do mundo em cinco mil anos de especulação''.

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            O Padroado e o absolutismo habitavam a alma lusa, o ensino jesuítico e a Inquisição mantinham afastados a ciência e o livre pensamento em Portugal e Brasil. Em, 1662, Vieira, no Sermão da Sexta-feira da Quaresma, já em desgraça na corte, em plena Capela Real crítica discretamente o Doutor Tomás de Aquino: ''porque até entre os anjos pode haver variedade de opiniões, sem menoscabo de sua sabedoria, nem de sua santidade; e para que acabe de entender o mundo, que ainda que algumas opiniões sejam angélicas, nem por isso são menos angélicas as contrárias''.

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Ele se antecipa a filósofos e psicólogos ao dizer que a razão tem razões que vem do coração. Afirma no Sermão da Quinta Quarta-feira da Quaresma, de 1669: ''E os erros dos homens não provêem apenas da ignorância; mas, principalmente, da paixão. A paixão é a que erra, a paixão a que os engana, a paixão a que lhes perturba e troca as espécies para que vejam umas coisas por outras. Os olhos vêm pelo coração, e assim como quem vê por vidros de diversas cores, todas as coisas lhe parecem daquela cor, assim as vistas se tingem dos mesmos humores, de que estão, bem ou mal, afetos os corações''.

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            Trata da teoria dos sonhos, que considera como realização de desejos, deixando a Freud a explicação de símbolos oníricos. Vieira inicia com Aristóteles e se vale de analogia desprovida de experiência. Mas, nos Sermões de São Francisco Xavier Dormindo, se emenda: ''Os sonhos são uma pintura muda, em que a imaginação a portas fechadas, e às escuras, retrata a vida e a alma de cada um, com as cores das suas ações, dos seus propósitos e dos seus desejos.''

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            Na História do Futuro Vieira expôs uma ciência da história para fugir a erros por causa da paixão. ''Quem quiser ver claramente a falsidade das histórias humanas, leia a mesma história por diferentes escritores, e verá como se encontram, se contradizem e se implicam no mesmo sucesso, sendo infalível que um só pode dizer a verdade e certo que nenhum a diz''. No Discurso apologético – Palavra do Pregador empenhada e defendida, Vieira define a história como ''aquele espelho em que olhando para o passado, se antevêem os futuros''. Desafio à inteligência coletiva, nestes 400 anos, diante do rumo que o mundo toma.

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José Varella – Belém, 6 de fevereiro de 2008