Não saberia inventar a própria morte. Com esforço, compõe algo próximo da felicidade. Não se dá por satisfeita, é certo, mas o que fazer diante de tanta indigência, e fome, e tão pouca sorte?

      Sim, porque a vida – mesmo ali, à sombra do monumento –  tem muito de fortuna: é quase toda feita desse acaso que é estar aqui e não lá, descansando ou se cansando da vida – dela, a mesma, que nos dá ao mundo e que dele com ela nos retira, por fastio ou decurso de prazo.

      Daí, impossível o engenho da própria morte ou de outra qualquer: tudo é uma questão de fonema que sibila ou explode.

      De modo que ela ficará ali, estatuada, fixa, ponto e vírgula; como quem não quer nada, mas, na manhã manchada, tudo alveja.