Na casa, havia uma negra passando roupa (ninguém achou que fosse a dona).Virei a porcelana e vi a inscrição: Johnson Brother's. A mesa estava posta com cristais, guardanapos e prataria Inglesa, o porão repleto de morcegos e instrumentos de trabalho para uma agricultura arcaica. Num canto da tulha estava aposentada uma beneficiadora de café. Da varanda eu olhava o tronco com a argola de ferro, fincado como um monumento no pateo, e a negra, vestida de saia de tecido barato e uma camiseta com a inscrição: "Cristo Salva".

      Passa o tempo. Passa mais uma Proclamação da República no sul de Minas Gerais. Passa boi. Passa boiada. Passa gente. Tudo passado, as marcas não passam.