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Publicidade dos 90 anos do PCdoB homenageia comunistas baianos

Jorge Amado, Carlos Marighella, Mauricio Grabois, Mario Alves, Dinaelza Coqueiro, Uirassu Batista e Loreta Valadares são os comunistas baianos homenageados pelo Comitê do PCdoB na Bahia na campanha pelos 90 anos do partido. Galhardetes com imagens deles serão fixados na festa. Alem disso, fotos mostrando a ação do partido em varias décadas serão exibidas durante o show que marcará a data, no próximo domingo (25/3), às 16h, na área verde do Hotel Othon, e também nos demais eventos comemorativos

Com o slogan "A festa está só começando - PCdoB 90 anos", a campanha, coordenada pela Secretaria de Comunicação e desenvolvida por uma agência de publicidade foi pensada para retratar o momento especial vivido pelo partido, que está em amplo crescimento em todo o país. “Queremos ressaltar ainda que o show do dia 25 de março é apenas o começo da comemoração dos 90 anos do partido, que será celebrado também com uma Sessão Especial na Assembléia Legislativa, com um livro com a história fotográfica do PCdoB na Bahia e muitas outras iniciativas também no interior do estado que acontecerão ao longo do ano”, informou a secretária Estadual de Comunicação, Julieta Palmeira.

A campanha envolve camisetas, adesivos de carro, o livro de fotografias que será lançado em breve, além de homenagens a sete baianos que tiveram muita importância para a história do partido. “Em nome destes baianos a gente faz uma homenagem aos comunistas e as comunistas que construíram o PCdoB ao longo destes 90 anos.

São comunistas que construíram o PCdoB não apenas na Bahia, mas em âmbito nacional. São comunistas como Jorge Amado e Carlos Marighella, que se elegeram deputado pelo partido, passando por militantes do Araguaia, como a Dinaelza Coqueiro e o estudante Uirassu Batista e militantes que partiram mais recentemente, como é o caso da Loreta Valadares. A festa é um momento importante para fazermos esta justa homenagem”, acrescentou Julieta.

                                                          Homenageado

A tarefa de escolher alguns comunistas baianos para homenagear não foi fácil para o PCdoB na Bahia, uma vez que muitos deram contribuições importantes para a construção do partido, alguns perdendo a própria vida nesta luta. “Os escolhidos representam segmentos importantes para o PCdoB, como os militantes do movimento estudantil e os desaparecidos no Araguaia, incluindo na lista dirigentes históricos, como Grabois.

“Obviamente ao fazermos isso, estamos também homenageando militantes mais recentes, a exemplo de Luciano Melo, Paulo Colombiano e Catarina Galindo, Gustavo Silveira, Jose Cayres Meira e tantos outros militantes mais recentes que perdemos e que expressam a luta do PCdoB”, disse Julieta Palmeira.

São homenageados comunistas baianos como Mário Alves, que era jornalista e intelectual e foi morto em 1970, aos 47 anos, após ser torturado barbaramente por agentes do DOI-CODI. Carlos Marighella, que morreu pelo que acreditava, tendo dedicado a sua vida à defesa do socialismo.

Participou da luta contra a ditadura do Estado Novo e foi um dos principais organizadores da luta armada contra regime militar iniciado em 1964. Foi executado, em 1969, em São Paulo.

Entre os homenageados, três desapareceram no Araguaia. Maurício Grabois era o comandante da Guerrilha e foi morto no natal de 1973. Conhecido como um homem de larga cultura, jornalista, propagandista, agitador lúcido e apaixonado, foi um dos mais destacados dirigentes do PCdoB.

Uirassu Batista nasceu em Itapicuru, na região Nordeste do estado. Era militante do movimento estudantil e foi visto pela última vez quando era colocado em um helicóptero do Exército em 1974.

Dinaelza Coqueiro também desapareceu no Araguaia em 1974, após ser aprisionada por tropas do Exército. Nascida em Vitória da Conquista, no Sul do estado, participou do movimento estudantil e em 1971, tomou a decisão de participar do movimento guerrilheiro nas selvas do Araguaia, onde atuou com o marido, Vandick Reidner Pereira Coqueiro, também desaparecido.

Loreta Valadares era militante do Movimento Estudantil da Ação Popular (AP), no PCdoB participou bravamente da luta contra a ditadura militar, sendo presa e torturada, juntamente com o seu marido, Carlos Valadares.

Após a redemocratização do país tornou- se professora de Ciência Política da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia Também foi professora da escola do PCdoB, tendo escrito importantes textos sobre os fundamentos do Partido de tipo leninista e sobre o PCdoB. Líder emancipacionista, além do testemunho de vida, deixou uma enorme contribuição ao movimento de mulheres e de luta para a conquista e garantia dos direitos humanos no país. Loreta faleceu em 2004

Já o escritor Jorge foi eleito deputado federal pelo partido para a Assembléia Constituinte em 1945. Assumiu o mandato no ano seguinte e algumas de suas propostas, como a que instituiu a liberdade de culto religioso, foram aprovadas e viraram leis, que estão valendo até os dias atuais.
 

Fonte: Portal Vermelho