– Brasil recebe amanhã (27) a visita do novo presidente do Chile, Sebastián Piñera. Estará com Temer e Maia. Deve também fazer uma visita ao STF. O Brasil é o principal destino dos investimentos chilenos no exterior (31 bilhões de dólares) e seu principal parceiro comercial na América do Sul.

– Ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, admitiu ontem em evento no Rio de Janeiro que a suspensão de 6 países, incluindo o Brasil, das suas atividades na Unasul se deve a uma represália pelo fato de um indicado da Argentina não ter sido alçado a secretário-geral do bloco. Venezuela e Bolívia vetaram a indicação ano passado. Nas palavras do ministro: “há um bloqueio ao indicado da Argentina para assumir a secretaria-geral. É um desperdício de oportunidades de integração. Um desperdício de dinheiro…”.

– Desde Havana, onde se encontra para visita ao novo presidente Díaz-Canel, Evo Morales disse que se envolverá pessoalmente para resolver a crise na Unasul. A Bolívia assumiu recentemente a presidência do bloco. O ministro de relações exteriores da Bolívia, Fernando Huanacuni, já chamou para maio uma reunião de todos os ministros de relações exteriores do bloco para buscar um consenso.

– A Unasul funciona sob a regra do consenso. Nenhuma decisão pode ser tomada sem a anuência dos 12 países participantes. Ex-secretário-geral, Ernesto Samper, chamou a regra de “grande maldição” pois pode levar à estagnação da entidade.

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– “Vamos encarar os fatos: não há Planeta B”, disse Macron ontem sobre a necessidade dos EUA voltarem ao Acordo de Paris (ambiental) em discurso proferido no Congresso americano. O presidente francês ainda se pronunciou sobre os perigos de um nacionalismo isolacionista, os efeitos perversos de uma guerra comercial, urgência da regulação da privacidade digital e a premência do multilateralismo. Disse ainda que a França não deixará acordo nuclear com Irã.

– Rússia, União Europeia e Alemanha se somam ao presidente iraniano, Hassan Rowhani, para criticar as propostas de Trump e Macron de fazer mudanças no Acordo Nuclear alcançado em 2015 por sete países e a UE. No acordo são estipuladas limitações ao programa nuclear iraniano em troca da diminuição das sanções financeiras ao país. Somente Theresa May ficou ao lado de Trump e Macron.

– Se reúnem amanhã (27) os presidentes das duas Coréias, Kim Jong-un e Moon Jae-in. É a primeira vez que se reúnem em 11 anos. O encontro ocorrerá em um ponto ao lado sul da fronteira  (será atravessada a pé). As cúpulas anteriores foram em Pyongyang (2000, 2007). Até hoje as duas coreias não colocaram um fim oficial à Guerra da Coreia (1950-1953) e essa questão pode ser debatida, apesar de depender dos EUA, que assinou o armistício, para ser concluída.

– O encontro entre os dois presidentes coreanos ocorrerá dois dias após ter sido divulgado, na última quarta (25), um estudo da Universidade de Ciência e Tecnologia da China sobre danificações sofridas no centro de lançamento de testes nucleares da Coreia do Norte após o último teste de setembro de 2017. As notícias sobre o estudo falam que o local pode ter sido utilizado para testes nos últimos 12 anos e que sua reutilização poderia causar “uma catástrofe ambiental”.

– A CCCC (China Comunications Construction Company), maior empresa chinesa de infraestrutura, iniciou a construção de um porto no Maranhão e está de olho nas concessões de ferrovias em todo o Brasil. Outra empresa chinesa, a CBSteel, deve iniciar em 2018 a construção de uma siderúrgica acoplada a uma “cidade inteligente” em Bacabeira, também Maranhão, do governador Flávio Dino.

– Secretário geral da ONU se pronunciou sobre preocupação com “as mortes na Nicarágua”. Os protestos não cessaram e são muito semelhantes aos protestos de tentativa de desestabilização do governo venezuelano nos últimos anos, as guarimbas. Os protestos tem todos os elementos de um “golpe suave” aplicado generalizadamente na região nos últimos anos contra governos progressistas e de esquerda.

– Contratado pelo Cartel Jalisco Nova Geração, jovem mexicano, que também é rapper e youtuber, conhecido como QBA, confessou ter dissolvido em ácido os corpos dos três universitários sequestrados (19 de março), torturados e assassinados no Estado de Jalisco no México. História chocou o mundo e reacendeu debate sobre casos como o dos 43 estudantes desaparecidos e tantos outros sem elucidação no México.